sábado, 17 de setembro de 2011

Alcoolemia


O álcool e as drogas de abuso são as substâncias que, na atualidade, fazem parte da maioria das requisições de exames toxicológicos.
O consumo de bebidas alcoólicas pode ocasionar intoxicação acidental ou voluntária, ou mesmo profissional, sendo o agente tóxico responsável o álcool etílico (ou etanol).
A intoxicação pode resultar da ingestão de bebidas alcoólicas em quantidade variável, de forma esporádica ou habitual, podendo dar origem a intoxicações agudas no primeiro caso ou crônicas no segundo.
As intoxicações agudas apresentam formas leves (embriaguez), que pode ter elevado interesse médico-legal, pela sua influência na condução rodoviária, pelo seu importante efeito criminal e por várias outras questões de ordem legal que se podem colocar como, por exemplo, questões de responsabilidade penal. As formas graves desta intoxicação são esporádicas, podendo em alguns casos ser causa de morte. Nestes casos, em virtude dos sintomas, é por vezes difícil o diagnóstico diferencial com situações de traumatismo craniano.
As intoxicações crônicas têm consequências importantes, por exemplo a nível clínico originando gastrites, dispepsia, miocardites ou cirroses, e em termos psiquiátricos levando a quadros patológicos como delirium tremens, alucinações ou demências.
As determinações de alcoolemia (etanol no sangue) podem ser realizadas com apenas um único substrato, o sangue. Contudo, e em especial para o sangue, existem condições em que não é possível obter as amostras mais apropriadas de uma forma qualitativa e/ou quantitativa, particularmente em situações de putrefação avançada, exumações ou de mortes por choque traumático. Neste caso, deve-se recorrer a amostras alternativas ou complementares, que apenas nos permitem inferir acerca da concentração provável de tóxico presente no sangue. Na determinação de álcool etílico é possível efetuar essa pesquisa em diversos outros fluídos, tais como urina, humor vítreo, líquido sinovial, medula óssea ou saliva.
A determinação de etanol no sangue pode ser realizada por métodos químicos, enzimáticos e cromatográficos, sendo a cromatografia o método mais indicado para a dosagem de substâncias voláteis como o etanol e o compostos relacionados em fluidos biológicos.
As técnicas utilizadas na cromatografia são classificadas como: injeção direta, extração e destilação e headspace. A técnica de headspace é a mais empregada em cromatografia gasosa e é utilizada frequentemente na clínica e na análise toxicológica forense de componentes voláteis, sendo muito eficiente na detecção e identificação destes compostos.


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