terça-feira, 25 de outubro de 2011

Minerais e contaminantes inorgânicos...

             
A determinação de minerais e contaminantes inorgânicos em alimentos pode ser realizada por diferentes técnicas analíticas. Pode-se citar, entre elas, volumetria com indicadores visuais ou potenciométricos, voltametria de redissolução anódica  e  técnicas  espectrométricas  como:  espectrofotometria  ultravioleta-visível, espectrometria de absorção atômica com chama, com  forno de grafite, com vapor  frio e com gerador de hidretos e espectrometria de emissão atômica com plasma de argônio indutivamente acoplado com detecção óptica ou acoplado a espectrômetro de massa.
            A escolha da técnica analítica depende principalmente do elemento a  ser analisado e do  nível de sua concentração na amostra, além do número de amostras a serem analisadas, da quantidade de amostra disponível, do tipo de preparo da amostra, do custo envolvido, do tempo disponível para emissão do resultado e também, além da exatidão e precisão requeridas, da disponibilidade do equipamento e de pessoal treinado.
            Para a determinação de contaminantes e minerais em alimentos, é necessário tornar os analitos disponíveis em solução por meio da mineralização prévia da amostra e posterior dissolução dos resíduos com ácidos minerais. A destruição da matéria orgânica (mineralização e digestão) é geralmente considerada como a etapa crítica da análise, podendo levar a erros no resultado final, devido principalmente à contaminação da amostra ou à perda do analito por adsorção ou volatilização.

TOXICOLOGIA DOS METAIS

Alumínio

O alumínio é um metal dosado sobretudo para a avaliação de exposição em pacientes renais crônicos, a fim de se evitar intoxicação por aumento de exposição, terapia medicamentosa ou diminuição da capacidade de eliminação do metal pelo próprio comprometimento renal. Tal população está particularmente exposta a esse elemento e, de acordo com legislação específica, deve ser submetida a controle periódico, ao contrário da população em geral, na qual não há registros de manifestações tóxicas decorrentes do contato com o alumínio. Os resultados da dosagem de alumínio são disponibilizados em sete dias úteis.

Valores de referência:
- População em geral: até 10 mg/L;
- Pacientes em programa regular de hemodiálise: até 60 mg/L;
- Limite de tolerância biológica: até 10 mg/L

Chumbo

Outro metal que pode ser dosado é o chumbo. Ele pode acumular-se ao longo do tempo no sangue, nos tecidos moles e, principalmente, no osso, onde estão localizados cerca de 90% do seu total. A exposição ao chumbo em ambiente de trabalho pode ser monitorada pela dosagem sanguínea e a intoxicação pelo metal pode ser detectada por meio da dosagem do ácido delta-aminolevulínico (ALA) na urina.

Valores de referência (chumbo):
- População em geral: até 10 mg/dL;
- Indivíduos expostos: até 40 mg/dL;
- Limite de tolerância biológica: 60 mg/dL

Valor de referência (ácido delta-aminolevulínico):
- População em geral: abaixo de 4,5 mg/g de creatinina;
- Limite de tolerância biológica: 5 mg/g de creatinina

Cobre

A exposição industrial ao metal ocorre em razão da inalação de vapores no local onde estão sendo soldados objetos que contêm cobre, quando do polimento ou lixamento de superfícies recobertas pelo mesmo ou ainda na formação de ligas, como bronze.

Valores de referência:
- Sexo feminino: 85 a 155 mg/dL;
- Sexo masculino: 70 a 140 mg/dL;
- Limite de tolerância biológica: até o valor máximo para cada sexo

Zinco

A exposição ao metal pode ocorrer pela inalação de vapor de óxido de zinco a partir da volatilização do zinco (na solda de materiais galvanizados ou no processo de fundição de bronze) ou ainda por inalação de micropartículas.

Valores de referência:
- População em geral: 0,66 a 1,10 mg/mL
- Limite de tolerância biológica: abaixo de 1,70 mg/mL


Referências

Métodos Físico-Químicos para Análise de Alimentos. Capítulo XXIII - Minerais e Contaminantes Inorgânicos. 4ª Ed. Disponível em < http://www.gipescado.com.br/arquivos/met_fis-qui_ial/cap23.pdf > Acesso em 26 out 2011.

Fleury – Medicina e Saúde. Toxicologia dos Metais. Disponível em < http://www.fleury.com.br/Medicos/SaudeEmDia/Artigos/Pages/ToxicologiadosMetais.aspx > Acesso em 26 out 2011.

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